sábado, 4 de dezembro de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Resenha sobre o tema Tecnologia e Novas Educações


PRETTO, Nelson De Luca ( org). Tecnologias e Novas Educações: Coleção educação, comunicação e tecnologias. vol 1. In http://moble.ufba/file.php/8933/textos/tecnologiaenovaseducaçoes.livro.pdf.

Credenciais da Autoria

Nelson de Luca Pretto é brasileiro. Graduou-se em Física pela Universidade Federal da Bahia. Obteve o grau de mestre em Educação na Universidade Federal da Bahia; doutorou-se pela Universidade de São Paulo e pós – doutorou-se pela University of London na Inglaterra.
Dentre as obras publicadas ressaltamos: Uma escola sem/com futuro -educação e multimídia e a ciência nos livros didáticos

Apresentação da Obra

As resenhas a seguir tratam sobre o tema Tecnologia e Novas Educações, título do livro que tem como organizador Nelson de Luca Pretto, e que traz sugestões para a reformulação do sistema educacional pautando-se também na questão da inclusão da tecnologia na escola.
Os capítulos tratam a princípio acerca de como se dá o processo de conhecimento nas diversas épocas, e mostra como essas diferentes formas de se adquirir conhecimento se relacionam ao processo pedagógico existente, sugerindo uma reformulação do sistema educacional.


Capítulo 1 - Possibilidade de uma nova ciência

Como mesmo exposto, a sociedade necessita de crises para que o ciclo pela qual a mesma passa constantemente possibilite um dinamismo social perpetuado historicamente, e é louvável essa colocação. Partindo desse pressuposto, baseado também nas introduções de caráter da produção de conhecimento é perceptível a crise do conhecimento científico na contemporaneidade. E isto decorre logicamente, da evolução da ciência e da busca pela verdade.
É fato que a via de acesso para a verdade necessita de estruturas matemáticas para certificá-la, contudo, a essência e qualidade, pautadas nas observações empíricas tornam-se importante no processo de conhecimento, não podendo, por vez, serem ignoradas. Dessa forma, propõe-se um novo caráter de produção de conhecimento pautados na historicidade e na ordem, e, assim como outras proposições, caracterizar-se-ia como uma forma racional e sensata na produção da ciência. Contudo, é importante a verificação das formas pelas quais construía-se/constrói a ciência para junção e composição de parâmetros adequados e suficientes na produção do conhecimento. Por isso é importante salientar que havendo uma quebra de paradigma não existe um rompimento total com o anterior capaz de modificar toda a sua estrutura, mas ainda que tenha peculiaridades diferentes, algumas características complementam, dessa forma, é indispensável a coleta dos pontos positivos de cada período para a construção de um novo caráter de produção da ciência.

Capítulo 2 - Conhecimento humano: a diversidade e a não-identidade

Na esfera do conhecimento humano persiste uma questão que se refere à admissão da verdade. De um lado, a ciência mostra o dogma por meio da lógica cartesiana e em contraponto admite-se a gênese do conhecimento humano por meio de uma forma que supera os limites postos pelo positivismo.
Em concordância com a colocação feita no referido capítulo, o processo de conhecimento humano nasce num processo criativo, ao passo que o indivíduo adquire-o em detrimento da percepção que varia de indivíduo para indivíduo, não podendo, então, ignorá-la já que se conhece o que se percebe. E é fato que o conhecimento não se limita ao definitivamente verdadeiro, mas por meio de um processo aberto e parcial é impossível traçar um limite para admissão de determinada verdade.
No entanto, é importante não reduzir o significativo sentido do método cartesiano, embora não demonstre uma abrangência suficientemente possibilitadora de acompanhamento à constante mudança da ordem social. O método pode, contudo, servir como via de acesso no trilhar da busca pela verdade e na absorção do conhecimento. E como brilhantemente exposto pelos autores citados, Bohm e Peat, "a lógica formal é apenas um aspecto limitador de um movimento mais vasto e global da razão", e pode servir como parâmetro na busca pela verdade, mas é necessário abrir precedentes para um processo de conhecimento que admita em sua base o modo criativo pela qual transforma a ciência insuficiente nesse processo.

Capítulo 3 - Isto não é uma rima, é uma solução: aforismos sobre a crise da crítica pós-moderna à ciência.

É realmente interessante perceber como esse processo de conhecimento se deu ao longo do tempo. E ao passo que o homem descobria, vendo os resultados dessa descoberta e da absorção do conhecimento via-se diante de uma necessidade de buscar a verdade para a hegemonia social. Isso se tornou consuetudinariamente parte do dia-a-dia do homem mostrando como a ciência tornou-se extremamente relevante nessa busca. Dessa forma, como trazido no referido capítulo acerca do desenvolvimento do conhecimento científico, e exposto por meio de diversos aforismos foi interessantemente colocado: “... o sujeito pós-moderno... está condenado à exatidão, ao sistema, à generalização, a se apropriar da natureza, do universo, da própria cultura e os escravizar impiedosamente.” E, como discutido anteriormente nos deparamos mediante à questão da ciência nesse processo do conhecimento, quando o homem se prende a uma verdade, a um dogma, e assim, fica comprometido o verdadeiro processo do conhecimento, que permite ao homem através de sua vivência e percepção possibilitar um normal curso desse processo. Os aforismos nos permitem entender como se deu esse processo do sujeito moderno e pós-moderno.

Capítulo 4- Comunidades virtuais: herança cultural e tendência contemporânea

É evidente que a revolução da tecnologia permitiu ao homem superar limites de espaço para se comunicar, traçando um novo perfil para a sociedade. Inicialmente o texto faz alusão ao conceito de sociedade e comunidade baseados na abordagem de alguns autores acerca da matéria. A sociedade, conforme Durkheim alicerça-se na comunidade ampliada estruturada "na análise da moralidade, da lei, do contrato, da religião e na natureza da mente humana, que age diretamente como instrumento de análise reflexiva do homem". Acerca do tema, brilhantemente Tönnies diz que a comunidade pauta-se na "vizinhança, parentesco e amizade fundamentada no trabalho e na crença comuns" e identifica a sociedade "como um tipo especial de relação humana." E, diante das definições persiste a presença de um elemento essencial para caracterização da comunidade, que é o sentimento de coletividade, viabilizando o processo de comunicação. As comunidades virtuais, tópico principal do capítulo, surge caracterizado com uma gama de compostos.
É lógico que o mundo cibernético facilitou e propiciaram à comunicação, originando, por sua vez, as comunidades virtuais, ainda provocadoras de receio para algumas pessoas. Essas comunidades servem como parâmetro para análise do processo de aprendizagem do homem, uma vez que este meio exige ao seu usuário um conhecimento anterior e possibilita absorção de informações posteriores.
O autor ainda faz ressalva à influência dos computadores na vida das pessoas com uma relação à herança cultural destes. Parece-me estranho associar o mundo virtual a uma questão de cultura. Contudo esse conceito pode ser entendido mediante a contribuição para as relações sociais, proporcionando às diversas áreas do conhecimento características importantes, com base nas informações adquiridas no manuseio das máquinas, tornando-as relevantes e talvez imprescindíveis para a sociedade contemporânea em face da globalização.

Capítulo 5 - A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente ás crises do conhecimento científico no século XX

Com o desenvolvimento tecnológico, os processos se tornaram extremamente dinâmicos, a tal ponto que é impossível prever a trajetória desse processo, somente a probabilidade dele, pois passado, presente e futuro não se sucede, todavia se interpenetram entre si.
Se pensar em novas educações, faz-se necessário analisar os modelos de currículo instituídos, superando os dualismos e vendo as oposições como extremo de um contínuo.
A tentativa de construir um conceito para novas educações perpassa pela idéia do tradicionalismo em relação a sua adaptação as TIC’s. Apesar dos profissionais implementarem novos projetos e terem a modernização da escola, ainda permanece com os antigos paradigmas educacionais.
Os processos de novas educações se constituem de idas e vindas, ou seja, é dinâmico, fugindo do conhecimento fragmentado e fixo no modelo tradicional.
O que a autora quer demonstrar, é que há um dualismo com o paradigma tradicional com o modelo das novas educações englobando as TIC’s. Apontando que se utilizam as tecnologias com a roupagem do antigo modelo tradicional.

Capítulo 6- Escola: Uma rede de complexidade

O presente capítulo, baseado na história de uma escola estadual do interior da Bahia, nos mostra como se dá a relação de tempo/espaço no ambiente educacional, e é perceptível que é mais que necessário uma (re)significação, como mesmo propõe o texto. Esse emaranhado de complexidades pela qual vive a escola está ligado muito mais com a preservação da tradição. O meio social visivelmente percebido por todos, está em constante mudança, seja no âmbito educacional ou qualquer outra área, e exige novas posturas para a construção de algo melhor. A história contada mostra com clareza quais seriam/são os problemas que servem de obstáculo para um regular fluir da educação. Primeiro, uma reação ao novo em detrimento de uma preservação de idéias tradicionalistas e uma resistência à modificação, e isto é realmente um empecilho de impedimento à mudança. Uma questão também importante, trazida não muito a fundo, mas que merece explanação, é o fato da qualificação dos professores em nível superior. É inegável que a busca do conhecimento é imprescindível ao militante na área da educação, dessa forma é importante a titulação dos profissionais da educação em grau superior, mas, aliado à titulação é importante e indispensável o empenho em se adequar à forma de ensino capaz de trazer à sociedade a qualidade da educação. Muito mais que ter que aprender é querer aprender e estar aberto a aprender, mesmo o que particularmente não pareça tão relevante. Enfim, é necessário viver o presente e se adequar às inovações pelas quais a escola está obrigada a passar, é necessário se desprender do passado sem se desprender, usar o passado como parâmetro de comparação, aprimorando-o, mas não fixar por completo a uma época que não existe mais e que precisa ser reformulada. E quanto ao futuro é importante ter expectativas quanto ao mesmo, mas não se prender a um tempo que ainda vai chegar com novas características, novas idéias, novas pessoas..

Capítulo 7- Educar é transmitir cultura: breve história de uma pesquisa

Pautado na realização de uma pesquisa de Mestrado da UFBA sobre a Fundação Casa Grande, seguimos a mesma linha da produção do conhecimento. Diz o texto que "a pesquisa começou antes de começar, isto é, referindo-se aos antecedentes da mesma". Com essa assertiva nos reportamos ao capítulo 4 do livro que trata sobre as comunidades virtuais, que mostra como o manuseio de computadores por meio de uma rede de conexão necessita de um conhecimento prévio para então adquirir mais informações posteriormente, não sendo diferente com o tema em questão.

É importante perceber no desenrolar da descrição do trabalho a utilização do critério empírico para realização do mesmo, valorizando a experiência como método de construção de conhecimento.

Por um lado visualizamos a elaboração do trabalho, os métodos empregados, fontes de pesquisa, objetivos, e etc, e de outro lado o próprio conteúdo abordado e desenvolvido, muito interessante por sinal. Tudo que foi utilizado para desenvolvimento do trabalho foi suficiente para transmitir com clareza o que se propunha a pesquisa. Primeiro, para que se tenha um bom resultado na pesquisa é de suma importância a escolha de um tema que possibilite explaná-lo de uma forma que deixe o trabalho interessante e que cause curiosidade no leitor, e mais importante que uma boa escolha do tema, é o emprego de métodos adequados na elaboração, e isso foi feito com louvor pelos autores da mediante a pesquisa de campo. Quanto ao tema escolhido é de uma riqueza tamanha pois mostra que não existe sobreposição da tecnologia sobre a cultura, mas a primeira viabiliza a essa última por meio de interação a transmissão de conhecimento e preservação de toda raiz cultural. Concluímos, portanto, que tudo depende do método empregado na execução de toda e qualquer atividade.

Capítulo 8- Ambientes Computacionais e Telemáticos na Educação de Alunos com Necessidades Especiais

Nos mostra o referido capítulo, a incapacidade do homem atual de absorver todo conhecimento sobre determinada área específica diante da constante mutação e disseminação rápida da informação pelos meio ágeis de comunicação, tornando o conhecimento parcial e dependente de informações que o complementem ainda que por pouco tempo, em um ciclo contínuo de necessidade de aprimoramento do conhecimento. É verdade que esse ciclo, oriundo da educação em massa, já não é suficiente para suprir as necessidades da sociedade atual. Contudo, como mesma configurada pelas TIC's, em uma sociedade chamada de "sociedade da informação" a revolução é a responsável por essa proliferação de informação em detrimento do rápido conhecimento. E essa revolução, ao tempo que apresenta pontos positivos nas chamadas comunidades virtuais, por exemplo, obriga à formação de um novo paradigma capaz de atender as aspirações do homem atual.

O ensino no Brasil, como tratado no texto, de caráter tradicional impede que a criança durante sua fase de descobertas perceba um mundo mas palpável e real. Não foi trazido pelo texto, mas é interessante quando associamos esse sistema educacional baseado no "engessamento" do mundo da criança, obrigando-a a conhecer o que esse mesmo sistema diz que ela tem que aprender, ao método cartesiano com um mesmo perfil dogmático admitindo exatidão da verdade. É preciso, então, reformular esse sistema, deixar que o aluno perceba o mundo de uma forma propriamente característica e livre, e isso, em razão de sua curiosidade e conseqüente descoberta contribuir para o conhecimento, através de pesquisas iniciadas pela sua percepção, pois a uniformização desse método educacional segrega, ás vezes imperceptivelmente, aqueles com necessidades especiais. Por isso, que é importante inclinar a atenção à proposição trazida pelo autor do texto para a autonomia do aluno com necessidades especiais, utilizando teleologicamente as novas tecnologias para inclusão social.

Capítulo 9 – Interatividade: conceitos e desafios

Dizer que a interatividade não serve como via de acesso para a produção do conhecimento é um equívoco. E como muito bem colocado no texto, fazendo as devidas conceituações e diferenciações, podemos ter noção do verdadeiro sentido da palavra "interatividade". Essa interatividade, então, entra no contexto educacional de uma forma aleatória sem a necessidade de respeito a uma lógica formal. A troca de idéias e conhecimento configuram o que chamamos de interatividade, que deve estar presente no meio educacional, fazendo com que o professor trabalhe num contexto criativo e aberto, reformulando sua relação pedagógica, modificando com isso sua forma de trabalho, e conseqüentemente a organização da escola.

Capítulo 10 - Currículo e tecnologia: refletindo o fazer pedagógico na era digital.

A nova era digital vem mudando aceleradamente as concepções pedagógicas, as quais precisam acompanhar a nova geração Alt-Tab Estando esta mais envolvida no âmbito das TIC’s. Para que não ocorra uma evolução dispare, a escola precisa remodelar seu currículo, saindo do tradicionalismo e partir área interatividade e a hipertextualidade.
Para conviver como a nova “era tecnológica” é necessário ter discernimento; agir de acordo com o contexto. Valorizar as culturas anteriores é importante, bem como editá-las dentro do possível, buscando sempre o aprimoramento.
Pierre Lévy mostra que hipertexto pode ser definido como sendo “nós ligados por conexões”, acrescentando que as tecnologias hipertextuais têm seis características imprescindíveis que “mostram um sistema dispostos de forma interativa, permitindo ao usuário trilhar caminhos e criar sua rota de navegação”, interferindo na verticalidade do ensino pedagógico. O autor mostra que várias são as concepções acerca de interatividade, ressaltando que as idéias dos autores, inclusive André Lemos e Marcos Silva, se complementam, concluindo que nesta perspectiva “ a palavra interatividade ganha dois significados: “podemos dizer que ela pode ser utilizada como interação, dialogo e reciprocidade entre seres humanos, e também estaria associado a intervenção humana na máquina, por meios de sua possibilidades tecnológicas.”

Diante desse contexto, necessário se faz mudança no paradigma no âmbito escolar. Da verticalização para a forma horizontal, onde o professor seja um co-autor do processo de ensino e com os alunos busque estimular uma educação problematizadora, investigativa, construindo e reconstruindo conhecimentos. E através das TIC’s este fim será, com certeza, alcançado. Salientando que não é adaptar-se ao novo, mas sim integrar saberes numa perspectiva interdisciplinar e multireferencial.

Destaca ainda o autor que instrumentalizar a escola pública brasileira é importante, mas é preciso também que os professores estejam abertos para aprender, se qualificando ante a nova era tecnológica.

Capítulo 11 - Escola: um espaço de aprendizagem sem prazer?

O significado da palavra escola vem se modificando desde a idade média até os dias atuais. Com os “elementos tecnológicos” percebemos concepções diferenciadas no âmbito instrumental e mecanicista e no novo pensar, sendo necessário ter uma postura equilibrada em relação a essa nova era. Para Pierre Levy a interação com as ditas tecnologias da inteligência (denominação dos elementos tecnológicos) possibilita uma transformação da ecologia cognitiva. A interação com esse novo mundo proporciona às crianças e adolescentes a construção e desconstrução de conhecimentos, denominada por Lévy, Deleuze e Guatarri como ‘lógica rizomatica’

A escola tem resistido ao novo contexto, apesar dos grandes investimentos em projetos desde os anos 60, tendo uma participação significativa do setor público, através da TV Escola, canal educativo que é um dos pilares básicos da política do MEC na relação educação-tecnologia. A questão está em difundir a importância das tecnologias da inteligência. Onde os envolvidos no contexto, professores, alunos, diretores, corpo técnico pedagógico, tenham em mente que a interação é fundamental. Excluir esta ferramenta é parar no tempo. O autor mostra estudos realizados pelo Núcleo Educação & Comunicação, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia acerca da inclusão dos elementos tecnológicos na escola, onde crianças e adolescentes estudantes ou não, de “habitat” diferenciado, ministrassem aulas para professores e alunos daquela faculdade. Ao final notou-se que, mesmo num ambiente descontraído, os “pequenos professores” tinham discurso formal - os mesmos transmitidos pelos professores da escola - separando a aprendizagem do ambientes escolar e fora dele, considerando como dois mundos independentes.

O entendimento de escola insere-se em entendê-la como um espaço de socialização de conhecimentos e saberes de forma prazerosa, sem desprezar as cultoras anteriores, utilizando a “lei” de forma consciente. A utilização da tecnologia na escola de forma estática, sem dinamicidade não é viável. Interagir; discutir; dinamizar; atuar com espontaneidade, sem medos; aceitando as diferenças, proporciona à escola um ambiente prazeroso com assimilação de conhecimentos. Seguindo uma lógica hipertextual que possibilite transformar a escola em um lugar de produção e não apenas apropriação de conhecimento e cultura.

Capítulo 12 - Como são o que fazem e o que pensam os garotos de ultima geração?
As novas tecnologias é algo necessário no mundo globalizado. Investimento neste setor é de suma importância para que todos, sem distinção, possam desfrutar desse novo momento. Situação que na realidade não se aplica.

Este capítulo mostra que os garotos privilegiados de hoje, segmento de ponta da humanidade, estão mergulhados na era digital - que vem se aperfeiçoando de forma acelerada. Eles passam horas e horas interagindo com outras pessoas, e nesse habitat absorvem experiências diversas, adquirem “personalidade digital”. A absolvição destas características novas, segundo alguns garotos, faz saltar um pouco a cabeça, ajudando a fazer as tarefas; considera um ambiente de comunicação, abrindo outras perspectivas de convívio social, além de abertura de novas perspectivas profissional.
O texto identifica também que os garotos da ultima geração, diferentemente de seus pais, têm uma relação prazerosa, natural com a tecnologia, e muita das vezes nem precisam de outros para conhecer o ambiente. Eles não têm medo de errar. Ao contrário busca inovar, interagir, fazer amigos, realizar sonhos impossíveis. Afirmam também que a utilizações de técnicas de simulação em jogos especifico, estimulam a capacidade de solução de problemas frente a uma variedade de situações.
Vídeo game, Internet, filmes, bate-papos são alguns dos elementos tecnológicos por eles utilizados. E esta gama de informações disponíveis, permite aos jovens ter discernimento do que realmente é importante. Competências que serão valoradas no decorrer da vivência digital.

Capítulo 13 – Desenvolvimento de objectos de aprendizagem para plataformas colaborativas

Seguindo a mesma linha do fenômeno aprender, Paulo Duas, neste capítulo 13 expõe as possibilidades educacionais recentes que os sistemas de comunicação possibilitaram ainda com base nas TIC's. É constituído uma forma educacional on-line, em caracteristicas imprescindíveis na democracia de formação e educacional. Apresentam-se, então, peculiaridades dos ambientes presenciais e as possibilidades trazidas pelas plataformas colaborativas, verificando as concepções referentes aos objetos de aprendizagem. Desse modo, critérios importantes são trazidos no texto em face de uma tecnologia possibilitadora de conhecimento por meio de uma aprendizagem online, tendo como objeto "qualquer recurso digital que pode ser reutilizado para suportar a aprendizagem”, e as comunidades colaborativas surgem no contexto, advindo da construção do conhecimento concretizada pelos membros da sociedade. Essa estratégia de produção de conhecimento serve como via louvável de acesso no âmbito escolar, permitindo que os alunos contribuam para a construção do conhecimento.

Assim, o autor ao fim do texto faz uma análise da plataforma colaborativa Future Learning Enviroment desenvolvida no âmbito do Innovative Technology for Collaborative Learning and Knowledge Building da European Netschool, e nos mostra como a interaçao comum se torna relevante para o processo de aprendizagem.

Capítulo 14 - Educação online: a dinâmica sociotécnica para além da educação a distância
Na apresentação do conceito e das principais características das tecnologias digitais da informação e comunicação e como elas se caracterizam como critérios estruturais da chamada revolução digital e seus desdobramentos culturais, o autor desenrola sua dissertação.

Para alguns ainda é estranho a questão da educação on-line, ainda embora hoje muito comum. Mas, é necessário quebrar essa resistência em face da necessidade de acompanhamento da sociedade digital.
Por meio de uma distinção entre máquina, ferramenta e TIC's digitais identificam novamente o papel da tecnologia neste processo tão comentado ao logo dessas dissertações. Surge posteriormente a expressão "cibercultura", que tem sua gênese quando formada a chamada "geração net" situadas no ciberespaço. Então, advém da cibercultura, a educação on-line, o qual o indivíduo pode interagir da forma que melhor achar, neste "mar" de informação, possibilitando-as chegar por meio de um processo de interação, que a tecnologia propicia, tendo como característica essencial.

Capítulo 15 - Avaliação online: interfaces do aprender e do ensinar

O texto mostra como as TIC’s interferem no dia-a-dia do ser humano, enfatizando as utilizadas na EAD. Demonstra que a sociedade precisa saber interagir com elas, para apreensão do conhecimento. Ressaltando que a atuação do professor definirá até onde se pode chegar. A autora descreve as tecnologias utilizadas na educação num mundo globalizado, especialmente a educação a distância. As define de acordo com os pensamentos de Moran e Sato. Resistência a esta nova modalidade perdurou por algum tempo, entretanto ao perceberam a sua viabilidade econômica e atendimento a demanda e as necessidades de qualificação da clientela fim., assumiu uma parcela significativa no contexto educacional. Ressalta que se faz necessário a conscientização do aluno e professor no processo ensino-aprendizagem. Noticia também a autora as variadas concepções acerca da avaliação na EAD comparando-a com a avaliação presencial, mostrando ao final as vantagens - supremacia da primeira sobre a segunda.
A texto cita através do pensamento de Feenberg que a tecnologia educacional não determinará se o ensino será automatizado ou informacional, caberá aos seus atores indicar o caminho mais plausível. Ressaltando a autora que com a interatividade na educação por meio da tecnologia, deve não somente observar a questão econômica, mas também o aspecto tecnológico e social. O acesso a essa “nova era” é uma questão de cidadania, um direito de todos. Os indivíduos devem utilizar a tecnologia de forma critica e que efetivamente construa conhecimentos renovados, para poder mudar ou inovar o “velho” e com esse pensamento a EAD não pode ficar de fora,à distância.

Mais adiante é demonstrado o pensamento equivocado acerca de interação e interatividade, havendo confusão no entendimento de seus significados, discorrendo o pensar de Silva e Belloni. Acrescenta ainda que se faz necessário estar atentou às todas a nuances do processo, para atingir efetivamente o objetivo proposto.
No subtítulo “O lugar da avaliação na EAD on-line, discorre a autora que a idéia de avaliação no decorrer dos anos teve significados e nomenclaturas diferenciados, fato que efetivamente foi necessário em face das constantes mudanças sociais. No que tange à prática de avaliação na EAD, difere do positivamente da prática presencial, possibilitando uma relação interpessoal e profissional mais intensa entre professor e aluno. Apresenta a seguir as três abordagens decorrente da análise da caracterização dos cursos ofertados no Brasil atualmente, em relação a avaliação educacional on-line: avaliação como produto ou controle dos objetivos definidos; avaliação como processo formativo; e avaliação como dinâmica.

Quanto ao processo avaliativo on-line utiliza-se de dados de uma formação realizada na Universidade Federal de Goiás - UFG Virtual para exemplificar uma prática e refletir sobre o uso de ferramentas nesse processo, pontuando os aspectos positivos e negativos. Concernente as interfaces do aprender e do ensinar on-line, elas emergem a partir do processo comunicativo instituído no ambiente tecnológico do curso. Tanto o educando quanto o educador precisa ter em mente seus objetivos e concepções. Porque está nesta “nova onda”?. Com compromisso, as trocas de experiências, com erros e acertos, contanto que procure superar as dificuldades, construirá e/ou reconstruirá um aprendizado continuo para ambos os lados.

Capítulo 16 - Desafios para o currículo a partir das tecnologias contemporâneas. .

Na contemporaneidade é notória a invasão das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC’s, as quais vêm transformando o mundo num todo, e a educação não está fora deste contexto. A convergência do mundo real e virtual tem possibilitado experimentos grandiosos, de repercussão, e de infinitas possibilidades. A linguagem vem se tornando praticamente digital. Observa-se a produção do conhecimento tem enriquecido a cada instante. A inovação é o fim principal. Como diz Pierr Lévy: “... computadores são redes como interfaces abertas para inesperadas conexões, que transforma radicalmente o seu significado e uso.”
Os autores descrevem o potencial das crianças interagindo com as máquinas, destacando o uso a Internet e/ou tecnologia inteligente, “que busca imitar a cognição humana, ambos funcionando como redes”. Ressaltando também que se faz necessário um reajustamento de valores para incorporar essa nova potencialidade. Acrescenta que, de acordo com Lévy as tecnologias inteligente pressupõem uma estrutura hipertextual – paralelo entre as tecnologias e a cognição humana - e na seqüência justifica o seu pensamento.
Reforça a concepção de compreensão sobre o papel das TIC’s na sociedade e em relação a prática pedagógica que trás novos desafios para os processos de ensino e de aprendizagem. Não deixando de frisar a integração das novas tecnologias vinculadas aos processos artísticos criativos na arte, na música e na filosofia.
Diante da dinamicidade do contexto propõem uma nova concepção curricular imersa numa lógica hipertextual bem como associada à idéia de interatividade.Nesta perspectiva o currículo favorece o pensamento coletivo colocando de lado a disciplinarização, questões essas voltadas num contexto da educação no plural.
Assim, vinculada a idéia de que as TIC’s provocas mudanças de cunho político, cultural e intelectual, caberá então ao professor um novo papel –o de transformador da escola e da educação.

Capítulo 17 - Construindo novas educações

Nesse capítulo, as autoras tratam da necessidade de se construir novas concepções de educação diante dos avanços tecnológicos, da globalização e da inclusão da TIC’s no cotidiano escolar. Perpassa por uma nova abordagem curricular no sentido de potencializar a construção do saber e favorecimento de práticas educativas dissociada de um currículo tradicional. Destaca a importância da atualização constante do professor diante de tantas transformações atento as questões de tempo-espaço, das conexões múltiplas, da não-linearidade, da não fragmentação do saber.

Acredito que nós professores devemos potencializar nossa ação enquanto sujeitos na cultura tecnológica não somente como usuário da informação, mas especialmente como autores, co-autores e instigadores de novas idéias.

Apreciação crítica da obra

É interessante o tema abordado pelo livro, diante da necessidade de incluir a tecnologia na escola e de reformular todo o sistema educacional.

A princípio foi importante trazer à luz a questão da ciência e do conhecimento, com a abordagem da evolução no processo de conhecimento. Será sempre insuficiente admitir formas isoladas na produção do conhecimento, ate porque este processo, como mesmo aludido na obra, precisa de uma busca livre, sem precisar se prender unicamente a critérios metodológicos na execução de uma pesquisa, por exemplo, pois o conhecimento é um processo dinâmico (importante ressalva). A ciência baseado na verdade apolítica obriga todos à submissão de algo dado como verdade, e precisa ser reinventada. É importante perceber como propõe os diversos autores, uma reformulação dos sistemas e não necessariamente descartá-los, pois a construção da sociedade e seus trâmites dependem de algo que os regulamente.

No contexto, são evidenciadas as tecnologias existentes, que permitem ao aluno por meio de uma interação, viabilizar a troca de informação na contribuição para o processo de aprendizagem. Contudo, é importante lembrar sobre os perigos da rede, como muito se questiona atualmente, pois as tecnologias virtuais, por exemplo, na medida em que possibilitam a construção do processo do conhecimento, podem provocar conseqüências negativas.

Quanto ao modo como se dá o sistema educacional, é inegável que o mesmo precisa ser reinventado, e o professor é o agente base na construção de uma escola de sucesso. É importante educar, com uma transmissão de cultura, adequando o sistema pedagógico à era digital na necessidade supra de inclusão social capaz de possibilitar àquele ainda fora do processo tecnológico dominante a oportunidade de fazer parte desse mecanismo essencial à sociedade atual no processo de aprendizagem.

Indicação da Obra.

Indico este livro aos profissionais da área de educação e outras áreas de conhecimento pois,trata-se de um tema globalizante onde possibilita a interatividade e hipertextualidades entre indivíduos nos seus diversos campos de atuação.

Referências da resenhista
Gramosa, Irani, pós graduanda em Tecnologia e Novas Educações da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Pós graduada em Psicopedagogia e Coordenação Pedagógica. Professora da Rede Municipal e Estadual de Ensino de Salvador.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cometando sobre as TIC

(...)Penso que, para que as TIC tenham grande participação na sociedade e obtenha sucesso, seja necessário rever, repensar e mudar os modelos que formam a base da educação, em todos os seus níveis, alinhando-os a um mundo moderno, novo, rápido e exigente. E mais, mudar atitudes e concepções.

O cotidiano escolar e a aprendizagem dos alunos são fatores importantes que devem ser levados em consideração no uso justo e correto das TIC. As inúmeras situações em que usamos estas tecnologias devem ser motivos de questionamentos e reflexão sobre quais são as reais contribuições que elas estão trazendo ou de que forma elas podem influenciar na evolução destes processos educacionais(...) Alexandre Mendes, 1988.

O que você pensa disso?

DIMENSÃO ESTRUTURANTE DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

O uso da tecnologia da informação e comunicação é notória na sociedade moderna , sendo assim necessário observar que vertente seguir para obtenção de resultados concretos. A utilização da tecnologia na educação poderá ser seguida pela linha da instrumentalidade e de forma estruturante.

Fazer uso da tecnologia como instrumentalidade é utilizá-la como recurso didático para deixar a aula mais animada, buscando prender a atenção dos ouvintes, com utilização de recursos de grandes dimensões(som, animação, movimento), para atingir um objetivo.

Percebe-se que esta prática não é muito louvável pois muita das vezes não dá condições para o aluno pensar, raciocinar acerca do apresentado , e quando partimos para a utilização da tecnologia como elemento determinantes, com conteúdos variados, proporciona uma nova forma de ser e de agir, construindo um pensamento novo

O desafio é apropriar-se das novas tecnologias de informação e comunicação TIC, possibilitando novas práticas, novos conhecimentos, situação que começou a se evidenciar nos anos 70, com a revolução da informação, ganhando relevância no decorrer dos anos até a atualidade, uma dinâmica total. A tecnologia na educação precisa estar apoiada na visão de aquisição de novos conhecimentos, permitindo ao aluno identificar os mundo apresentados que pode ser do “bem” ou do “mal”

Segundo Miranda (2007), “O termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) refere-se à conjugação da tecnologia computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações e tem na Internet e mais particularmente na Worl Wide Web (WWW) a sua mais forte expressão. Quando estas tecnologias são usadas para fins educativos, nomeadamente para apoiar e melhorar a aprendizagem dos alunos e desenvolver ambientes de aprendizagem, podemos considerar as TIC como um subdomínio da Tecnologia Educativa”.

Esse novo tempo exige do professor refletir acerca das modificações de concepções e práticas de ensino, onde alguns profissionais não conseguem assimilar. Alterar estes aspectos não é tarefa fácil, pois é necessário esforço, persistência e empenho. Miranda diz ainda que “O problema reside em que alguns professores têm uma concepção romântica sobre os processos que determinam a aprendizagem e a construção de conhecimento e concomitantemente do uso das tecnologias no ato de ensinar e aprender. Pensam que é suficiente colocar os computadores com algum software ligados à Internet nas salas de aula que os alunos vão aprender e as práticas se vão alterar”. Sabemos que esta atuação não é viável. A utilização da TIC concomitantemente com atividades desafiadoras e criativas faz com que se construa conhecimentos significativos.

Enfim , a Escola é o espaço de produção de cultura e conhecimentos, e o importante é a aprendizagem recíproca de todos.


Referência:
Miranda, Guilhermina Lobato (2007). Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 3, pp. 41-50. Consultado em 23/07/2010, em http://sisifo.fpce.ul.pt

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sabedoria

Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros... e quem vence enfretando obstáculos triunfa com glória.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Minhas Expectativas

Acredito que neste espaço poderei compartilhar experiências e reflexões em torno das tecnologias e assuntos diversos. É também uma forma de reafirmar nossas crenças, valores e pensamentos em torno da Educação. Motivação não me falta!! Tenho certeza que no compartilhar, novos saberes iremos construir.